No ritmo dos boletins médicos. Por Ricardo Noblat – Heron Cid
Bastidores

No ritmo dos boletins médicos. Por Ricardo Noblat

6 de fevereiro de 2019 às 10h30 Por Heron Cid
O Presidente do Brasil Jair Bolsonaro (Foto/Reprodução)

Quer dizer muito e pouca coisa ao mesmo tempo a decisão do corpo médico que cuida do presidente Bolsonaro de não fixar uma data para que ele receba alta no hospital Alberto Einstein, em São Paulo.

Por muito, ela indicaria que o quadro clínico agravou-se. O mais aconselhável, pois, é deixar em aberto a data da saída para não criar falsas expectativas que possam se frustrar.

Por pouca coisa, a decisão serviria para aliviar a pressão sobre os médicos. Eles ficam desobrigados de explicar por que sairia amanhã e não mais, ou por que sairia na próxima segunda e talvez não saia.

Um dos médicos que cuidam de Bolsonaro confidenciou a um amigo que a maneira como ele e sua família se comportam está atrasando a recuperação do paciente. “Não estou gostando”, disse.

Na cúpula do governo é crescente a preocupação com o estado de saúde do presidente. Quanto mais ele demorar no hospital, mais se arrastarão decisões importantes que dependem unicamente dele.

Uma alta autoridade da República visitou, ontem à tarde, o Congresso, e com mais de um parlamentar comentou que ainda não foi de todo afastado o risco de um quadro de septicemia.

A septicemia é uma infecção grave do sangue que acontece quando uma infecção bacteriana em outra parte do corpo se espalha pela circulação sanguínea, chegando a vários locais.

Do domingo para a segunda-feira, Bolsonaro piorou um pouco, segundo boletim médico. Da segunda para ontem, melhorou. Embora devagar, o país começa a pulsar ao ritmo dos boletins.

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