Nem começou o governo e o presidente eleito Jair Bolsonaro já tem problema demais para resolver dentro de sua “caserna”.
Religiosamente, soldados do seu exército estão às voltas com problemas internos. Ora, ocupados com o fogo amigo, ora alvejados por denúncias.
O PSL – partido de Bolsonaro – não se entende. Até “barraco” no grupo de wathsapp entre a bancada já rolou.
Há uma guerra autofágica, combinada com amadorismo e euforia de quem não sabe lidar direito com o poder ainda nem oficializado.
Os filhos do capitão são um caso à parte.
Cada vez que abrem a boca criam um embaraço diferente. Nos Estados Unidos, “representando o pai”, o deputado Eduardo disse mais do que devia.
Carlos Bolsonaro, vereador do Rio, não contém o ímpeto de suas tuitadas e bombardeia preferencialmente aliados, quando não insufla teorias da conspiração.
Flávio, o senador eleito pelo Rio, vai gastar tempo agora explicando a movimentação financeira atípica de seu ex-assessor parlamentar, com depósitos na conta da futura primeira-dama.
Onyx Lorenzoni, iminente ministro da Casa Civil, não tem pavio para suportar uma pergunta de um jornalista sobre um fato público de intensa repercussão e se retira abruptamente da presença da imprensa.
Magno Malta, o “vice dos sonhos”, foi preterido e saiu fazendo beicinho, com direito a solidariedade do pastor Silas Malafaia, espécie de conselheiro espiritual de Bolsonaro.
Aliás, o staff evangélico não fechou questão na indicação de Damares Alves para a Cidadania.
É muito barulho na coxia, antes da cortina se abrir para a estréia.
Se a coisa continuar nessa pisada, os adversários de Bolsonaro correm o risco de não precisar fazer oposição. O próprio governo já se encarrega desse trabalho.