Não estava no script. Ao falar sobre o motivo de ter declinado de disputar a eleição anterior do Tribunal de Justiça da Paraíba, mesmo sendo o da vez pelo critério da antiguidade, o desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, presidente eleito da Corte, embargou a voz e caiu no pranto. Antes tentou dizer: “Eu estava cuidando do meu pai”.
Referia-se ao desembargador aposentado Miguel Levino, de quem cuidou pessoalmente nos últimos anos em cuidados de saúde. O pai morava com o filho antes de partir, quatro meses atrás.
Diante dos microfones do Arapuan Verdade, da Rede Arapuan de Rádio, a lembrança veio ao coração do magistrado. Márcio não resistiu. Desembargador também chora.