À semelhança do governador Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, o governador Ricardo Coutinho (PSB) puxou para si e inseriu a Paraíba no debate nacional do Escola Sem Partido, projeto em tramitação no Congresso, que diz pretender proibir o abuso da liberdade de ensino.
Tal qual o ‘companheiro’ maranhense, a inspiração do socialista paraibano é político-ideológica e representa o seu modo particular de enxergar o mundo e o tema.
E disso, sabemos, Ricardo Coutinho não se esconde. Nesse caso, o líder paraibano marca posição e demarca território no debate nacional, posicionando institucionalmente o Estado, e comunicando ao País de qual lado está.
Não é a primeira vez. Ricardo fez solenidade e evento público na Paraíba contra o “golpe”, trouxe a presidente afastada do poder, Dilma Rousseff, e criou o Ciclo de Debates Contemporâneos, com viés de crítica ao impeachment, coordenado oficialmente pelo Gabinete do Governador, e inaugurou, pela segunda vez, a Transposição, ao lado do ex-presidente Lula.
O Projeto de Lei nº 2013, em tramitação na Assembleia, cumpre também esse papel mais simbólico do que prático. Até porque, em sendo aprovado o Escola Sem Partido, no âmbito nacional, todos os efeitos contrários, como leis estaduais, perdem eficácia jurídica.
Nada que abale a convicção do governador paraibano. Até 31 de dezembro próximo, Ricardo não abrirá mão de imprimir sua marca pessoal nas questões de Estado.