Terá direito a tudo que se reserva a uma celebridade. A segurança do prédio e ao longo do percurso de cinco quilômetros será reforçada, o trânsito interditado, escolta especial da Polícia Federal, e um número desconhecido de atiradores de elite postados no alto de prédio para prevenir um eventual atentado.
O interrogatório é a última etapa do processo que Lula responde sobre a real propriedade do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, O Ministério Público o acusa de ser o verdadeiro dono do sítio, reformado pelas construtoras Odebrecht e OAS a título de pagamento de propina. Lula jura que é inocente.
Até advogados dele admitem que esse seja o processo que mais os preocupa dado ao acúmulo de indícios, evidências e provas que contrariam a tese da defesa. Mesmo assim insistem que o sítio está registrado em nome de terceiros, e que Lula e sua família só o utilizavam por uma deferência dos donos, seus amigos.
Na semana passada, em depoimento à juíza Hardt, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo, complicou ainda mais a situação de Lula. Ele mostrou e-mails trocados com executivos da empresa na época em que o sítio estava sendo reformado. Os e-mails dão conta de que Lula sabia da reforma e do uso de dinheiro de propina para pagá-la.
Hardt tem fama de ser mais dura do que Moro em suas sentenças. É provável que ela condene Lula mais uma vez. Da primeira, Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex da praia de Guarujá, reformado de graça pela OAS. A condenação tornou-o inelegível até 2016 quando completará 81 anos de idade.
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