Não é normal mudança em período conclusivo de gestão. No caso da Paraíba, até admite-se: o governo vindouro será a continuidade do “projeto” capitaneado pelo governador Ricardo Coutinho.
É o que aparece como justificativa plausível para as mexidas orquestradas recentemente pelo socialista, nos últimos dias de seu comando no Palácio da Redenção.
Roseana Meira fora nomeado semanas atrás para a secretaria-executiva de Segurança Alimentar, do Desenvolvimento Humano do Estado. Tatiana Domiciano sairá da Cinep e segunda-feira assume o comando da importante e estratégica PBgás.
Muito provavelmente, as pedras movidas por Ricardo são combinadas com o governador eleito João Azevedo, direta ou indiretamente.
De todo o modo, Coutinho já vai, ao seu modo, costurando e montando parte do próximo governo. Quando faz escolhas nesse momento, é a forma de pragmaticamente fazer suas indicações pessoais ao sucessor e dizer a ele quem, da sua cota pessoal, gostaria de manter no governo e em quais posições.
Uma estratégia inteligente, digamos. Porque dificilmente, João teria condições políticas de remover alguém nomeado e escolhido pelo antecessor e principal cabo eleitoral no período de transição e pouquíssimo antes de sua posse.
Até 31 de dezembro, Ricardo tem tempo para ir escalando seu time na seleção de Azevedo.