A diferença está “estreitando”, como noticiou o New York Times, com Reuters, mas a Economist, em mais um editorial sobre o Brasil, já pensa na futura oposição.
Sob o título “Contendo Jair Bolsonaro”, diz que “um presidente com instintos autoritários precisa ser enfrentando por uma oposição democrática unida”. Que a democracia brasileira é jovem, “mas não fraca”. E que, por exemplo, “a imprensa já está desafiando Bolsonaro, que é o motivo por que, como Trump, ele a acusa de espalhar ‘fake news’”.
Acrescentando Congresso e Judiciário, afirma que as três “instituições podem frustrar alguns dos piores planos de Bolsonaro”. Que “parlamentares, juízes, jornalistas e servidores públicos terão que trabalhar duro para limitar o dano”.
De qualquer maneira, “que um homem assim vá provavelmente liderar o maior país da América Latina é uma tragédia”.
A edição também traz longa reportagem, quase ensaio, intitulada “Jair Bolsonaro e a perversão do liberalismo”, com a ilustração acima. Critica a tentativa de “reviver o casamento profano da América Latina entre economia de mercado e autoritarismo”, que vem desde que a região abraçou o positivismo.
Diz que ele “é fã de Pinochet” e que “Paulo Guedes também é” —ele que “deu aulas na Universidade do Chile” sob comando de um economista do ditador e que agora propõe um IR unificado, sendo que “Adam Smith, o pai da economia liberal, defendia imposto progressivo”.
Lembra que, no Chile, “o resultado foi economia dominada por poucos conglomerados, altamente endividada em dólar e centrada em bancos privados”.
Folha