Fazia tempo que a eleição estadual na Paraíba terminava no primeiro turno. A surpresa pegou muita gente de calça curta. Tanto que muitos – de todos os lados – estão sem saber lidar direito com um segundo turno restrito à disputa nacional.
A cena estadual somada à beligerância do debate presidencial levaram muitas lideranças proeminentes à opção de se retraírem do front principal e apenas assistirem a caravana passar.
José Maranhão e Lucélio Cartaxo, dois ex-candidatos ao Governo, Luciano Cartaxo, prefeito de João Pessoa, e o senador Cássio Cunha Lima tiraram o time de campo tão logo as urnas de 7 de outubro foram apuradas e não botaram mais a cabeça fora.
Somente duas forças políticas se movimentam abertamente nesse segundo turno paraibano, se dividem e se expõem publicamente.
Ricardo Coutinho, governador do Estado, empunhou a bandeira da candidatura do “companheiro” Fernando Haddad, e não se nega ao combate.
Romero Rodrigues, prefeito de Campina Grande, aderiu a Jair Bolsonaro desde a reta final do primeiro turno. Agora, contrariando a orientação tucana nacional, é a única autoridade de expressão e relevo da política paraibana a fazer campanha cotidiana em favor do capitão.
No mais, pouca gente quis arriscar seu prestígio pessoal em favor de um e em detrimento de outro. O que corrobora o quanto 2018 é uma eleição estranha.