O maior obstáculo enfrentado pelo então candidato João Azevedo (PSB) era a desconfiança, inflamada pelos adversários, de que o socialista não teria autonomia numa eventual gestão.
Eleito, João dá sinais de que vai imprimir seu estilo próprio de governo, o que não significa necessariamente afastamento do seu principal cabo eleitoral e padrinho político, o governador Ricardo Coutinho.
Em entrevista ao Arapuan Verdade (Rede Arapuan de Rádio), Azevedo deu sinais nessa direção.
Moderado por natureza, João exaltou o papel do governador e disse que gostaria muito de ter seu auxílio e conselho político durante a gestão.
A uma pergunta direta do autor do Blog respondeu do mesmo jeito, direto: “Em quê o seu governo será diferente de o de Ricardo Coutinho”? Resposta: “Em tudo”.
“Uma gestão foi julgada, não um nome. Vai ser completamente diferente, dentro da lógica do projeto”, fundamentou.
Esse “dentro da lógica do projeto” é tão importante quanto o “vai ser completamente diferente em tudo”.
João respira a exata noção do papel da força da gestão e do governador no retumbante resultado de domingo último, ao tempo que também nutre a compreensão de que sua performance pessoal colaborou muito com o desempenho final e ela deve servir para personalizar o novo governo.
Muito parecido com Ricardo no estilo técnico, mas diferente na formação política e ideológica – Azevedo não se afastará do modelo de resultado que o levou ao Palácio da Redenção, conciliando, entretanto, com a construção de uma identidade própria.
Afinal, governos podem até ser piores ou melhores, mas não se repetem.
Pelo tom, o governador eleito deve assumir o mandato, em primeiro de janeiro de 2019, da mesma forma como se apresentou aos paraibanos: “Meu nome é João”.