Na imagem, a cúpula da Seguranca Pública e Penitenciária da Paraíba suava a camisa e se esforçava para cumprir a dura missão de explicar, perante microfones e câmeras, o imponderável: a explosão do presídio de segurança máxima da Paraíba.
O momento era de de gerenciamento de uma grave crise, com repercussão local, pelo temor e pânico, e nacional, pelos efeitos negativos do fato.
Espera-se nessas horas a presença do líder, pela força de sua palavra, pela simbologia de sua autoridade.
O governador Ricardo Coutinho não apareceu nessa entrevista coletiva para enfrentar os questionamentos e apresentar as medidas e providências e tranquilizar o Estado.
Mesmo diante da gravidade da crise, Coutinho não cancelou sua agenda solene e festiva e foi a ordem de serviço de uma nova sede do Procon.
Não era o esperado de quem prometeu, pessoalmente, em 2010, enfrentar a criminalidade e devolver a paz aos paraibanos.
Na hora da crise, o líder é quem deve tomar a dianteira. Sobretudo, um com o perfil destemido feito Ricardo.
Quando se olha a imagem da entrevista, impossível deixar de lembrar Nelson Gonçalves e a canção de Sérgio Bittencourt. “Naquela mesa está faltando ele…”.