Nesta sexta-feira, Dia da Independência (7), o brasileiro estará a um mês de mais um encontro com as urnas. E ninguém tem idéia do que pode acontecer na corrida presidencial mais imprevisível da era democrática. Noutros tempos, a essa altura do calendário, as pesquisas forneciam pistas mais sólidas. Hoje, elas demoram a ajustar a bússula.
As pesquisas são feitas com rigor científico. Mas o eleitor brasileiro nunca votou tão leigo quanto agora. Um pedaço grande do eleitorado, irritado, cogita votar em ninguém. Há quem imagine que, a partir de certo patamar, os votos anulados provocam nova eleição. Ilusão. Numa democracia, grande nulidades são eleitas principalmente pelos eleitores que não votam.
Nos próximos dias, Datafolha e Ibope desovarão novos números na praça. Sem Lula, o jogo ficou mais claro apenas até certo ponto. O ponto de interrogação. É preciso encontrar não uma, mas pelo menos três respostas: 1) O eleitor de Bolsonaro é sólido ou gasoso? 2) O latifúndio eletrônico fará Alckmin levantar voo? 3) O eleitor de Lula ficará no cercadinho do PT ou se dissolverá entre Haddad, Marina, Ciro e ninguém? Essas são as perguntas de R$ 1 milhão.
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