Bolsonaro deve ser principal alvo do palanque eletrônico. Por Bernardo Mello Franco – Heron Cid
Bastidores

Bolsonaro deve ser principal alvo do palanque eletrônico. Por Bernardo Mello Franco

28 de agosto de 2018 às 11h26 Por Heron Cid

Não vai dar mais para fugir deles. Daqui a três dias, os candidatos vão invadir as ondas do rádio e a tela da TV. A propaganda obrigatória começa na sexta-feira. É o momento em que a maioria dos brasileiros se dá conta de que a eleição está próxima.

Na estreia, virá aquela onda de bom-mocismo. Todos vão se apresentar como bons pais, bons filhos e políticos exemplares. Depois começa o tiroteio. O principal alvo deve ser Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas nos cenários sem o ex-presidente Lula.

O tucano Geraldo Alckmin deve liderar a artilharia. Com 5min32s por bloco, ele terá tempo de sobra para torpedear o capitão. Não lhe resta outra escolha. Se não recuperar seus eleitores que hoje flertam com a ultradireita, o PSDB ficará fora do segundo turno.

O tucano já foi aconselhado a enfrentar Bolsonaro nos primeiros debates, mas amarelou. Agora o marketing tentará fazer o serviço por ele. O plano é usar um terço do tempo para “desconstruir” o candidato do PSL, que terá apenas 8 segundos por bloco.

A tática do bombardeio funcionou em 2014, quando a propaganda do PT centrou fogo em Marina Silva. Ela chegou a ser favorita e acabou fora do segundo turno. Agora há uma diferença: Bolsonaro parece menos disposto a apanhar sem revidar.

O PT já preparou seis programas com Lula candidato. A ideia é manter o discurso até que o TSE bata o martelo, o que só deve acontecer a partir do dia 4. No entanto, o partido ainda pode sofrer mais um revés.

Segundo um ministro da Corte, a tendência é que o PT seja impedido, desde sexta, de apresentar o ex-presidente como cabeça de chapa. Isso não deve desagradar o entorno de Fernando Haddad, que anda ansioso para poder vendê-lo como o verdadeiro candidato.

O Globo

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