Fernando Haddad está em plena campanha. Oficialmente, diz que apenas leva a voz de Lula aonde o ex-presidente – preso em Curitiba – não consegue chegar. Balela. O ex-ministro da Educação é o candidato escolhido e ungido pelo PT para substituir o líder petista.
E, pra começo de conversa, é um bom candidato. Originário de São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, Haddad tem uma promissora passagem pelo Ministério da Educação. Sua gestão produziu avanços consideráveis para o setor.
A administração na capital paulista já não foi tão bem sucedida assim, tanto que não conseguiu se reeleger, em grande parte pelo intenso desgaste do PT no auge de 2016 e do impeachment de Dilma.
Na Paraíba desde ontem, Fernando Haddad tenta penetrar num terreno que ainda caminha com certa dificuldade. Vale-se da popularidade expressiva do seu padrinho político no Nordeste e especialmente aqui no Estado.
Colou a imagem no governador Ricardo Coutinho – dotado de altos índices de aprovação – para espraiar-se dentro dos desconhecidos rincões paraibanos.
Com agendas em João Pessoa e Campina Grande, Haddad cumpre a estratégia de se fazer mais conhecido e fertilizar o território até que Lula comunique solenemente à Nação a indicação de voto. Essa é a aposta que está sendo semeada pelo PT, que espera colher frutos em forma de retomada do poder no Brasil.