“Quem inventou Temer presidente foi o PT quando o escolheu duas vezes para ser vice de Dilma”, repete há mais de um mês Geraldo Alckmin (PSDB), o candidato a presidente que mais terá tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Para quê mesmo?
“Temer é uma espécie de bola de ferro amarrada ao pé de Alckmin que, por isso, não irá a lugar algum”, responde Fernando Haddad (PT), candidato a vice de Lula, que não será candidato a nada porque foi preso e condenado por corrupção.
“PT e PSDB são responsáveis pela situação que aí está”, replica Marina Silva, candidata da REDE a presidente, que faz questão de se manter distante de Temer. Assim como se mantém Henrique Meirelles (PMDB), que só é candidato por que Temer deixou.
É dura a vida do presidente mais rejeitado da história do país. Foi assim também com José Sarney na eleição de 1989. Nenhum dos 22 candidatos à sua vaga disse uma só palavra a seu favor. Foram para o segundo turno os que mais bateram nele.
Sarney subiu a rampa do Palácio do Planalto porque o presidente eleito Tancredo Neves, do qual era vice, morreu sem assumir o cargo. O principal problema de Sarney era a economia. A inflação batera na casa dos 80% ao mês.
O problema de Temer é político. Ele suicidou-se ao receber às escondidas a visita do empresário Joesley Batista, dono do Grupo JBS. A gravação do que disse e ouviu acabou com o seu governo. É um presidente insepulto, como foi Sarney.
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