Duas pesquisas recentes se cruzam para apresentar uma dura realidade, no começo da campanha propriamente dita.
A Big Data, encomendada pela Record, mostra metade do eleitorado brasileiro indeciso sobre em quem votar para presidente e a Ipsos-Estadão aponta alta desaprovação de todos os candidatos na disputa.
Segundo a Big Data, 47% do eleitorado está indeciso e 12% votaria em branco ou nulo. As respostas fazem parte da pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes de candidatos.
Já o Ipsos convidou o eleitor a refletir sobre o perfil de cada um. Geraldo Alckmin é desaprovado por 75% dos entrevistados. A menor desaprovação é a de Lula com 51%. Mesmo assim, um número assustador e revelador.
No cruzamento das duas pesquisas, há uma leitura explícita: o eleitor está reprovando, sem margem de dúvidas, as opções postas no tabuleiro. É como se o prato servido fosse indigesto e a maioria esmagadora não demonstra qualquer apetite para sentar à mesa.
Outra possibilidade real é o resultado da descrença e pessimismo do cidadão quanto à expectativa de mudanças significativas se depender da vitória de um dos que aí estão na peleja eleitoral.
O eleitor brasileiro está em depressão. Não espera nada de bom do dia de amanhã.