A montagem das chapas e a presença dos times indicam muito do que esperar de um campeonato. Na eleição, também é assim. O perfil dos candidatos e as alianças costuradas dão pistas do potencial de cada um e projetam cenários.
Na Paraíba, os candidatos principais agora estão na pista. Dos quatro, três se seguraram até o começo da corrida. Apenas a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) declinou em nome de um acordo pragmático que lhe garante novamente presença numa chapa majoritária.
Tárcio Teixeira (PSOL) e Rama Dantas (PSTU) estão no páreo, mas pelas razões de conjuntura o pleito deve girar em torno de Lucélio Cartaxo (PV) João Azevedo (PSB) e José Maranhão (MDB), aqueles com maior densidade eleitoral e estrutura política. É do jogo.
Pelo desenho formatado nas convenções desse fim de semana, essa será uma eleição do ‘detalhe’. Vence quem errar menos e tiver a capacidade de acertar mais. Sendo assim, salvo melhor juízo, a tendência de polarização entre Lucélio e Azevedo deve prevalecer, mas não se pode subestimar o papel do senador José Maranhão na disputa.
E por que será a eleição do ‘detalhe’? Um candidato jovem e arejado impulsionado pelas forças políticas das gestões (bem avaliadas) de João Pessoa e Campina Grande – os dois maiores colégios eleitorais do Estado -, um nome sacramentado pela estrutura política do Governo e apoiado pelo governador Ricardo Coutinho – o cabo eleitoral de maior densidade do momento, e um postulante de notória capilaridade eleitoral, recall e que pouco tem o que se dizer em contrário.
São os ingredientes de uma corrida prenunciadamente acirrada. Como em toda maratona, vence quem souber administrar vantagens, ultrapassar na hora certa e não cansar na reta final.