Para um bom entendedor, meia palavra basta. O movimento perpetrado inicialmente pelo DEM e depois seguido pelo PTB e PRB, legendas de peso na coligação governista da Paraíba, é uma mensagem clara.
Os três partidos deixaram para a última hora, e para um dia depois da convenção do PSB, a batida de martelo sobre com quem vão se aliar formalmente na disputa da sucessão estadual.
Anteontem, em artigo aqui neste espaço, tratamos da coligação como o grande nó das indefinições.
Tema que se aplica bem a esses partidos alinhados com o Jardim Girassol, mas que sutilmente mandam recado inequívoco: querem melhor tratamento, a partir da formação da coligação proporcional.
Uma pressão que gira em espiral e leva a articulação governista a emparedar partidos menores a aderirem ao chapão ou a cederem por coligações pontuais com uma dessas siglas.
Todos comandados por deputados federais (DEM, Efraim Filho, PTB, Wilson Filho, e PRB, Hugo Mota), os partidos querem garantir essas reeleições sem risco, o que não é garantido se saírem sozinhos sem o colchão de legendas satélites.
Com tempo de propaganda e votos, eles pressionam e transferem o abacaxi para o PSB, principal interessado e beneficiado na coligação majoritária.
Detalhe: não estão para brincadeira. É coisa de vida ou morte. E em nome da sobrevivência própria, não medirão distâncias. Quem paga pra ver pode ser devorado.