Antes da presidente nacional do PT desembarcar na Paraíba, os petistas paraibanos fizeram o dever de casa.
Removeram pedras no caminho contra a aliança, deram declarações favoráveis a Veneziano Vital, retiraram exigência de indicação na chapa do PSB e renovaram a intenção de voto em João Azevedo.
Prepararam todo o terreno favorável para a semeadura da conquista do apoio formal do governador Ricardo Coutinho ao ex-presidente Lula (PT), uma tendência quase natural a julgar pelo histórico de posicionamentos e votos do socialista aqui no Estado.
Na reunião, Gleisi Hoffman expôs para o governador a necessidade do fortalecimento de Lula e a garantia de que, em troca da única exigência, o PT da Paraíba seguirá na aliança com João Azevedo, o candidato ungido por Ricardo para a sua sucessão.
Inteligente, Ricardo fez ponderações, mas nem disse sim e nem disse não. Adiou o veredicto.
A cúpula petista saiu do encontro, aguardando as formalizações e passos de Ricardo, e com a certeza que fez tudo que lhe cabia, cedendo praticamente 100% da questões estaduais, reivindicando apenas e tão somente de Coutinho a facilidade do voto em Lula, nome com mais de 50% das intenções de votos na Paraíba.
O PT fez o meio campo e deixou a bola no pé de Ricardo. Agora é com ele decidir com qual time quer jogar.