Uso o UBER há mais de cinco anos e pelo menos duas vezes por dia. Do início da Copa da Rússia até ontem, não vi em um só carro que me atendeu uma bandeira do Brasil.
Nesta madrugada, atendeu-me um motorista vestido com a camisa da Seleção. Antes que eu lhe desejasse boa noite, foi logo dizendo que o hexa está ao alcance das mãos.
E pôs-se a celebrar as qualidades que eu relutava em ver no time de Tite. Citou Neymar de passagem. Mas exaltou os demais, principalmente Felipe Coutinho.
Sim, Felipe Coutinho é o nome dele, do craque com a mesma idade de Neymar (26 anos) e que tem feito a diferença como autor ou embaixador de gols.
Neymar foi outro Neymar em campo, diferente do primeiro que caía ao primeiro empurrão ou que fingia ter sido empurrado, que jogava para si e não para os outros.
Mas ainda está devendo ao Neymar dos jogos da Seleção na fase de classificação para a Copa. Sem falar do Neymar do Barcelona que competia à sombra de Messi.
Foi um Brasil coeso, capaz de impor seu ritmo do jogo e de não se alarmar diante da estatura gigante do adversário que saiu de campo como favorito para enfrentar o México.
Tal é nossa mania de grandeza no futebol que nada disso valerá se voltarmos sem a taça. Por ora, a comemorar só o fato de que não haverá outro pentacampeão tão cedo.
A Itália, tetra, ficou em casa. A Alemanha pegará a Lufthansa nas oitavas na Copa.
