Reaberto debate sobre placas específicas contra discriminação sexual – Heron Cid
Bastidores

Reaberto debate sobre placas específicas contra discriminação sexual

27 de junho de 2018 às 00h46 Por Heron Cid
Flávia Costa, juíza de Direito, derrubou obrigatoriedade de um alerta específico; discriminação de qualquer ordem é crime

Dava para prever que em alguma hora a obrigatoriedade da afixação de placas contra a discriminação sexual iria cair. Caiu na Justiça e na caneta de uma mulher, a juíza Flávia Costa, da 1ª Vara da Fazenda Pública de João Pessoa.

A magistrada assinalou o óbvio: toda discriminação, seja de sexo, raça, cor, religião ou condição física, é crime passível de penalidade. Restringir a advertência a um aviso viola o princípio da igualdade, e portanto, cria um privilégio, entendeu a juíza.

A sentença contempla apenas os quatro estabelecimentos de ensino pessoense que não se conformaram com a legislação e foram buscar no Judiciário o direito de se eximir da obrigação.

Mas, certamente, servirá de estímulo para que outros tantos comerciantes inconformados Paraíba afora impetrem ações levantando o questionamento.

No mínimo, o despacho de Flávia Costa criou um precedente e reavivou o debate. Agora, no âmbito do Judiciário, onde a matéria deve ser decidida pelo Direito e não por bandeiras.

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