É tamanha a desconfiança de que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à presidência da República possa decolar, e a certeza de que a candidatura de Henrique Meirelles (PMDB) não irá a lugar algum, que nos laboratórios do governo testam-se as fórmulas mais exóticas para barrar o que por lá mais se se teme – uma eventual vitória do deputado Jair Bolsonaro (PSL) ou de um nome da esquerda.
A mais recente: Meirelles para vice na chapa de Marina Silva, candidata da REDE à vaga do presidente Michel Temer. Assim haveria a união do social (Marina) com a condução bem comportada da economia (Meirelles). E o PMDB garantiria a Marina tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão que ela simplesmente não tem dado ao raquítico tamanho do seu partido.
Os mais entusiasmados com a ideia lembram que em 2004, Lula chegou a indicar Meirelles para vice de Dilma, candidata à reeleição. Foi ela que não quis. Uma vez que Dilma se reelegeu, Lula sugeriu o nome de Meirelles para Ministro da Fazenda. Dilma rejeitou. Hoje em campanha, Meirelles usa sua proximidade com Lula como argumento à caça de apoios.
A Executiva Nacional do PMDB se reunirá amanhã em Brasília para discutir se mantém ou não a candidatura de Meirelles. Discussão haverá, decisão ficará para meados do próximo mês. A candidatura de Meirelles é moeda de troca para o PMDB, não passa disso. Será trocada por outra ou por nenhuma, o que liberaria o partido para apoiar em cada Estado o candidato a presidente que quisesse.
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