Os donos do dinheiro curtem os jogos da Copa do Mundo da Rússia, sem perder de vista as eleições presidenciais no Brasil. O mercado está mais estressado a medida que o pleito se aproxima, mas o setor privado ainda não perdeu a esperança de emplacar um presidente com perfil conciliador.
O candidato dos sonhos continua sendo o tucano Geraldo Alckmin. Se o ex-governador de São Paulo crescer nas pesquisas – algo que parece pouco provável, as ações devem ter um “boom” e o real se valorizar.
Outra alternativa seria Marina Silva, da Rede. Enquanto Alckmin é visto como um candidato de “centro direita”, a ex-senadora aparece como uma opção de “centro esquerda”. Marina tem a desvantagem de vir de um partido minúsculo, o que prejudica a negociação com o Congresso, mas é vista como uma pessoa ética e capaz de reunir bons assessores com uma visão liberal da economia.
A simpatia que o deputado Jair Bolsonaro desperta entre os traders não se repete nas conversas com banqueiros e grandes empresários. Eles até simpatizam com a agenda da segurança pública do candidato e com suas promessas de redução do Estado, mas apologia a ditadura militar e a verborragia incomodam.
Bolsonaro só ganha o pleno apoio da banca no segundo turno contra um candidato: Ciro Gomes.