Eduardo Varandas é procurador do Trabalho, mesmo assim se sentiu motivado a provocar o Ministério Público Eleitoral a abrir procedimento para investigar suposta infidelidade partidária da vereadora Eliza Virgínia (PP), de João Pessoa.
Em documento endereçado ao MPE, Varandas justificou inicialmente sua razão: a vereadora deixou o PSDB, partido pela qual foi eleita.
No fim do texto, o procurador, porém, acrescenta outra motivação. Ele embasa o pedido de cassação da parlamentar alegando “postura acintosa quanto à tutela dos direitos humanos e aprovação de projetos inconstitucionais”, como, por exemplo, a “Escola sem Partido”.
Aí, Eduardo revelou o móvel de sua peleja. Ele tem conflito ideológico com o pensamento e a linha de atuação de Eliza.
Pergunta-se: discordância pessoal ou conceitual deve impulsionar um funcionário da Justiça a usar sua prerrogativa para emparedar ou processar rivais?
A prevalecer essa regra, Bolsonaro, portanto, que se cuide.