Uma inquietação está posta no tabuleiro político paraibano. Há espaço na tradição do humor do eleitor para as quatro candidaturas postas?
Ou uma questão ainda mais lancinante. Qual delas resistirá até as convenções?
A pergunta tem todo o sentido. O nosso histórico eleitoral é de polarização, quase nunca de fatiamento do eleitorado entre múltiplas candidaturas.
De 1990 para cá, os candidatos que ousaram tentar romper essa polarização sucumbiram com baixíssima votação, ao final da apuração.
Noutros casos, no frigir dos ovos, algumas postulações vão saindo de cena e se agrupando às forças que exibem maior musculatura eleitoral nas pesquisas, de um lado, ou estruturas com potencial para atrair apoios, do outro.
Até aqui, Lucélio Cartaxo, João Azevedo, Lígia Feliciano e José Maranhão, só pra citar os principais, estão com os carros nas pistas.
Muito dificilmente, permanecerão todos na corrida até a bandeirada final.
Em caso iminente de afunilamento, quem entre eles terá menos empecilho e mais combustível para atrair eventuais adesões?
Pensemos, também, por exercício de imaginação, noutra direção.
E se, nessa temporada de 2018, eles frustrarem as regras do jogo e seguirem até o fim, quem atrapalha mais quem e quais podem ser os mais prejudicados?
Um quebra-cabeça que merece começar a ser montado pelas equipes de campanha.