Por mais ranger de dentes, por mais reações e levantes, o Brasil está submetido a um processo irreversível de enfrentamento do espelho. E quando olhamos, não vemos nada muito bom.
Mas vemos, e essa possibilidade, antes castrada, ajuda muito a reconhecer quem somos para projetar o que podemos nos transformar. Pra melhor, claro.
Nessa (re) construção, a imprensa desponta com papel relevante e insubstituível. O que seria da cidadania, nessa quadra, sem o direito à informação?
O que seria do cidadão sem tomar conhecimento pleno e em tempo real de investigações, bastidores, armações e posições de todos os atores dessa cena?
A imprensa brasileira evoluiu muito. Muito graças à resistência histórica de seus profissionais, da evolução qualitativa provocada pelos cursos de Jornalismo, mas especialmente pelo espírito combativo, provocante e crítico da ala majoritária desse segmento.
A democracia não existe sem imprensa livre. E o exercício jornalístico nunca será pleno sem democracia. Essa é uma via de mão dupla da qual não podemos abrir mão.