A demissão do presidente da Petrobrás, Pedro Parente, entrou na ordem dos debates, em Brasília. O coro foi puxado pelo senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB-foto), rompido com o governo, e logo contagiou parlamentares da base governista de Michel Temer (MDB).
Os apelos irritaram o presidente. Em conversas reservadas pouco antes de participar de evento na cidade de Porto Real, no Rio, ontem, Temer se queixou dos ataques a Parente e se mostrou aborrecido por atingirem um “técnico dessa qualidade”.
Enquanto Temer resiste, a sugestão de demissão já pode contabilizar um ineditismo: uniu setores do governo e até radicais da Oposição. O relator do projeto aprovado na Câmara que zera o PIS/Cofins do combustível até 31 de dezembro, o deputado comunista Orlando Silva (SP), entrou na onda: “Demitir o presidente da Petrobrás é uma proposta que iria unir o Brasil, governo e oposição”.