Um dos mais experientes políticos paraibanos em atividade, Efraim Morais não dá murro em ponta de faca. De 2002 para cá, o DEM não apoiou um candidato ao governo que não fosse vitorioso. No mínimo, uma demonstração de faro.
Mas cada eleição é uma nova história. Dessa vez, o partido quer usar esse capital e o histórico de apoios ao PSB para garimpar a vaga de vice na chapa de João Azevedo.
“Sem imposição”, enfatizou Efraim, durante entrevista ontem ao autor do Blog, no Frente a Frente, da TV Arapuan.
Engenheiro civil de formação e bom de cálculo, o veterano ex-senador apresentou uma ‘equação’ para a estratégia política governista, em 2018.
Para as vagas ainda restantes (senado e vice), Morais defende nomes com voto e densidade eleitoral capaz de somar e compensar Azevedo, ainda virgem de urna.
Dentro da fórmula, um escanteio no PT, seu rival de longas datas. “Esse eleitorado Ricardo Coutinho já tem. O eleitor de Lula vota com Ricardo”, discorreu, completando: “Quem tentar impor condições vai ficar fora porque tenho absoluta certeza disso. Até onde eu conheço o governador Ricardo Coutinho ele não vai aceitar imposição de ninguém”.
Para a vaga de senador, o cacique democrata deu a receita do perfil ideal, na sua avaliação: “Alguém com mandato, de preferência mulher e que venha da Oposição”. Só faltou acrescentar como critério a naturalidade de Campina e o sorriso de Daniella Ribeiro.
Efraim passou por um longo período de jejum de entrevistas, na volta o jogador de handebol na juventude deu provas de que está em boa forma e entrando no aquecimento. Deu o recado: nem pensa em assistir o jogo de 2018 do banco de reserva.