A guerra das 'desistências' – Heron Cid
Opinião

A guerra das ‘desistências’

21 de maio de 2018 às 11h26 Por Heron Cid

O multimídia Ruy Dantas sempre prega em suas palestras: quem não se posiciona é posicionado. A frase, no marketing e na política, faz todo o sentido.

Uma estratégia de evitar pechas é se antecipar e colar no peito do adversário.

João Azevedo e Lucélio Cartaxo estão travando esse embate da semana passada pra cá.

Pétalas taludas do Jardim Girassol se esmeraram em levantar suspeitas sobre a retirada de Lucélio da disputa.

Uma jogada com lógica. Ora, recaem desconfianças sobre João, uma vez que fora retirado da eleição de 2016.

Nada mais inteligente do que, de uma só vez, transferir para o adversário a incógnita e ainda tentar fragilizar seu crescimento.

Como era de se esperar, Lucélio percebeu o movimento e tratou de se posicionar. Reiteradamente, vem lembrando que o histórico de mudanças é do PSB, não do seu grupo político.

Puxa pela memória do eleitor as trocas de Luciano Agra, em 2012, e do próprio Azevedo, na eleição municipal passada.

Esse debate tende a render, até porque o PSB assimilou que precisar polarizar com Lucélio e a chapa PV/PSDB. Já que a postulação do senador José Maranhão é encarada como peça importante para a estratégia governista.

Na guerra das ‘desistências’, João e Lucélio precisam avaliar até que ponto esse debate interessa. Por que o eleitor costuma desistir de prestar atenção no que não lhe agrada.

É a forma toda dele de também se posicionar antes de ser posicionado ao papel de plateia desatenta.

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