Jamais um governante no poder experimentou o assédio por que passa o presidente Michel Temer. A determinação é de não deixá-lo respirar. As duas investidas de Rodrigo Janot — uma com o auxílio de Joesley Batista, e outra, de Lúcio Funaro —, na prática, não cessaram. Não bastou a negativa da Câmara em dar prosseguimento às investigações.
Notem: parece pouco provável, a cinco meses do primeiro turno das eleições deste ano, que o presidente concorra à reeleição. Se o fizer, não é realista achar que possa ser reeleito. Mas nem mesmo a trégua de pouco mais de sete meses aceitam lhe dar, pouco importando o que isso custe em instabilidade política. Há uma fúria canibalesca em curso. E se dá em mais de uma frente. Todas elas afrontando a lei de maneiras diversas, mas combinadas.
Reitero: investigações que estão em curso poderiam ser postas em prática tão logo o presidente deixasse o cargo. Mas faz parte da metafísica da Lava Jato acuar o poder. E conta, para isso, com apoio irrestrito da imprensa.
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