Uma coisa é certa. Quanto mais pressionado, ou diminuído em sua importância por setores do PSB, mais aumenta dentro do Partido dos Trabalhadores na Paraíba o sentimento de insubordinação.
O PT é, por natureza do seu gene, uma sigla pouco afeita à submissão. Quem quer ‘ganhar’ a sigla, diferenciada pelas suas instâncias e intenso debate de correntes, precisa conquistá-la. Tentar subjugá-la é um erro estratégico.
Ao Blog, o presidente estadual Jackson Macêdo não esconde e nem maquia sua insatisfação na condução dos socialistas para a aliança no Estado.
Sustenta que não existe imposição nacional e nem muito menos aliança sem qualquer condicionante.
Sabe o papel do partido em eventual apoio a João Azevedo e o tamanho da legenda, em termos de representação parlamentar, densidade eleitoral e tempo de televisão, o maior de todos, coisa que o PSB precisará, diante de adversários como o MDB e o PSDB, detentores de boa fatia desse ‘ouro’ precioso em campanha curtíssima.
Para Jackson, o PT vai ao seu encontro de Tática Eleitoral, marcado para próximo dia 26, com três perguntas na cabeça.
O partido terá palanque garantido para Lula ou substituto na campanha de João Azevedo? Há vaga na chapa majoritária para o PT? O PT aceitará a convivência com golpistas na chapa?
Se as três respostas forem “sim”, o PT estará lado a lado com João Azevedo. Mas se pelo menos uma das respostas for negativa, o partido está pronto para dizer “não” e criar outras alternativas.
Mesmo com aberta dissidência do deputado Luiz Couto, peça a que o PSB recorre para criar outro viés no debate interno petista, o partido já tem uma decisão assimilada pela militância e direção: O PT pode até precisar botar o braço na roça sozinho, mas não aceitará ser “tratorado”, grito de guerra recentemente invocado com entusiasmo pelo governador Ricardo Coutinho.