Instinto de sobrevivência. É o que mantém acesa a chama da candidatura do senador José Maranhão ao Governo do Estado.
Explico. Maranhão pode até concorrer isoladamente, porque controla o MDB – partido no qual terá recursos, via fundo partidário, para fazer campanha com estrutura razoável.
Mas pesar de sufocado pela tendência de polarização, o projeto de Maranhão incrivelmente funciona como uma mola amortecedora para partidos pequenos e médios.
Legendas como PSC, PP, PR, entre outras, estão preocupadas, mais do que qualquer outra coisa, com a eleição ou reeleição dos seus expoentes.
Para esses, o projeto número um é construir uma coligação proporcional que garanta vitória e sobrevivência política. O triunfo do seu candidato a governador é coisa de somenos importância.
Tanto o PSB – com suas agremiações aliadas – quanto o PV – com PSDB e PSDB – vão ter que suar a camisa para abrigar tantos interesses de deputados de olho em coeficientes a serem alcançados.
Sozinho e sem entraves, Maranhão aparece como tábua de salvação para muitos desses líderes políticos. Esses, por sua vez, também podem ser a bóia para a candidatura de Zé não morrer na praia.