Até agora, tem muita gente tonta na Paraíba com a entrevista da vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano (PDT), aos confrades da Rádio Correio FM, de João Pessoa.
Alvo de críticas abstratas de setores formais e informais do Governo, a vice não disse uma palavra sequer contra o Governo que – segundo ela mesma registrou – ajuda a construir desde 2010, quando ainda era só aliada (depois de 2014 assumiu função institucional).
Muito pelo contrário. Defendeu e elogiou avanços produzidos sob o comando de Ricardo Coutinho e com a participação de partidos e aliados, feito ela.
Minimizou a demissão de uma aliada da imperceptível secretaria adjunta de Cultura com uma frase: “Não apoio este governo por cargos”.
Para surpresa, invocou o discurso do ex-presidente Lula. O trabalho do atual Governo da Paraíba não tem mais dono. Tal qual Lula, já é uma ideia, que está acima das pessoas e das personalidades.
No dizer dela, pertence a todos aqueles que querem a Paraíba olhando para frente.
Lígia se colocou como adepta dessa ideia e quer que ela evolua até a lugares que ainda não chegou, ampliando e corrigindo falhas. Agora, mesmo sem dizer, como pré-candidata.
Instada a retribuir os ataques na mesma moeda, a vice respondeu com afagos e reconhecimento. E é difícil se defender de elogios.
De uma só vez, Lígia contrariou setores do Governo e toda a Oposição. Ambos esperavam o rompimento.