Quando levanta a voz de contenção contra a definição do PSDB, de Cássio Cunha Lima, e do PV, de Luciano Cartaxo, em torno de Lucélio Cartaxo (PV), o deputado Aguinaldo Ribeiro repete um cena já batida na política.
Aqui e acolá, partidos satélites, como o PP, costumam reivindicar certo protagonismo político, falam grosso, ameaçam rompimento, abrem diálogo com adversários, para, ao final, fazer a escolha mais conveniente para sua própria economia interna.
O PP já fez isso em algumas novelas eleitorais da Paraíba. No Estado e em Campina Grande.
Aguinaldo, porém, dessa vez, precisa ter mais cautela. Como político com estatura ascendente, não pode se nivelar por baixo e nem fazer o mais do mesmo.
Sem estes cuidados, pode fortalecer uma sensação de bravata ou barganha, coisa bem típica e já ultrapassada, mesmo na nossa surrada Paraíba.
Para começar, deve dizer claramente ao eleitor, e de público, o que o seu partido almeja. Ele quer ser candidato ao Senado, seu sonho de consumo?
Antes, necessita fazer uma pergunta para si mesmo. A preço de hoje, como líder do impopular Governo Temer, o parlamentar consegue circular bem em locais públicos na Paraíba, passear no shopping ou ir à praça pública, sem maiores problemas?
Quando tiver essa resposta, talvez Aguinaldo baixe um pouco o tom e perceba que há uma distinção a se estudar, até para efeito de consumo interno.
Uma coisa é sua alta estatura política com prefeitos. Outra, bem diferente, é o tamanho que as ruas lhe conferem.