Ao contrário do que se chegou a cogitar, a filiação do deputado estadual Bruno Cunha Lima ao Solidariedade, numa operação que lhe rendeu surpreendentemente o comando do partido, não passou pelas mãos do senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
A articulação foi do próprio Bruno. De uma só tacada, o jovem parlamentar saiu da dependência e sombra do primo e ganhou autonomia partidária e política.
Bruno pode ter sido impulsionado pela tendência de candidatura de Pedro Cunha Lima ao Governo e o espaço para disputar uma cadeira na Câmara. Independente do Plano P, ele se preveniu.
Tem outras razões. Bruno sabe que para estadual ou para federal, não contará com o apoio de Cássio. Para estadual, se quis ganhar ele próprio teve que correr solo e viu o senador pedir votos para outro primo, Tovar Correia Lima (PSDB).
Com a aproximação da sucessão municipal de Campina, as sinalizações se repetem em torno de Tovar. Cenário que o levou a buscar guarda chuva seguro e espaço para construir seu próprio caminho.
Para Bruno, o 7 de abril teve sabor de 7 de setembro.