Ao seu modo, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, conseguiu imobilizar todo o universo político em torno da decisão que anuncia oficialmente na próxima sexta-feira, um dia antes do prazo fatal de desincompatibilização, o 7 de abril.
Jogando bem com a retórica, Coutinho passou meses inclinando o discurso pela permanência no cargo até o final, mas sem inibir aliados de defender seu nome ao Senado.
Nos últimos dias, pisou o pé na embreagem, como quem quer passar uma nova marcha no motor da sucessão com vários gestos e sinais.
Um clima criado por ele próprio tem um efeito prático: até o dia 7, ninguém se mexe antes de Ricardo.