Quem conhece a jornalista Lídia Moura pactua que ela é tão eloquente quanto destemida. Em telefonema ao Blog, Lídia fez valer esse seu perfil para defender o legado do PMN, partido que comandou por longos anos e cuja direção nacional ainda integra.
A ligação cumpriu três propósitos.
O primeiro foi o de discordar da leitura do autor do Blog, quando ao analisar a filiação do prefeito Luciano Cartaxo ao PV tratou o PMN como “um partido qualquer” ou “pequena sigla, sem expressão e nem estofo para combinar com um quadro emergente”.
Para Lídia, o PMN é um partido de expressão, que elege deputados e não tem culpa de perdê-los para o casuísmo.
O segundo ponto: Lídia repele a citação de sua assunção à Secretaria da Mulher de João Pessoa como “compensação” pela perda de comando do PMN.
“Eu já era da gestão, como adjunta, e representava os dois vereadores eleitos pelo partido. Não fui compensada e a Secretaria não foi uma troca, mas assumi para construir uma política efetiva para as mulheres”, corrigiu.
E o terceiro: Lídia refuta leituras que diminuam o papel e a importância do PMN entre as opções do prefeito Luciano Cartaxo.
Lembra que, não fosse o PV, o seu partido seria uma alternativa segura e igualmente importante para o projeto cartaxista, portanto, não admite desvalorização e nem apequenamento da legenda.
E avisa: não aceitará e reagirá a qualquer movimento de fulanização do PMN.
Jornalista que é, Lídia – creio – respeita opiniões diferentes. Ela, naturalmente, é obrigada a conviver com visão divergente do Blog, de autoria de um jornalista tal qual ela, e para quem o PMN não ostenta dimensão proporcional a uma liderança estadual.
Mas – como dirigente partidária – mostra não tolerar que essa leitura seja compartilhada também por secretários da gestão que ajuda a construir.
Traduzindo: o desabafo de Lídia foi aqui no Blog, mas o recado tem outro endereço.