Quem integra a audiência do Rádio Verdade – da Rede Arapuan de Rádios, programa que apresento ao lado de Adriana Bezerra e Fabiano Gomes – ouviu semana passada pela primeira vez a expressão “Plano P”.
Naquela ocasião, a especulação girava em torno de um perceptivo movimento – de lado a lado – que tirava o prefeito Luciano Cartaxo dos planos prioritários do PSDB.
Nesse caso, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) poderia estar costurando uma operação para alçar o jovem deputado Pedro Cunha Lima como opção tucana para a sucessão estadual.
E por que, Pedro? Primeiro, uma solução que não sacrifica Romero Rodrigues e preserva o comando da Prefeitura de Campina Grande, espaço recuperado a duras penas pelo clã Cunha Lima.
Mas Cássio, nesse caso, sacrificaria o mandato de senador? Sim, abriria sua vaga para negociação com gente como Lucélio Cartaxo – irmão do prefeito Luciano Cartaxo – ou com o senador Raimundo Lira (MDB).
Na hipótese de Lucélio, Cássio trocaria, em tese, o Senado pelo apoio de Luciano à uma candidatura de Pedro. Seria elas por elas.
O espólio de Pedro vira, nesse quadro, excelente moeda de troca com partidos do naipe de PSC, PSD, SD, PRB e PR, que só querem saber de eleger seus quadros principais à Câmara.
E Cássio? Poderia disputar a Câmara Federal, com possibilidade real de atingir uma expressiva votação individual capaz de arrastar vários candidatos.
Quanto ao próprio nome, Pedro é dono de um perfil em ascensão na política paraibana. Faz, na visão de muita gente, o mandato mais destacado da Câmara Federal. Publicamente, elogiado por figuras de peso como o ex-ministro Cristovam Buarque, por exemplo, é primeiro colocado para federal em todas as pesquisas de consumo interno até aqui.
E o principal de tudo: cumpre o papel de, mesmo perdendo, manter viva e em evidência a liderança política da família Cunha Lima, que sofre mais abalos e perdas, tal qual depois da derrota de 2014, se servir apenas de apoio agora e não assumir o pelotão de frente em 2018.