Há meses, lideranças da Oposição na Paraíba não se entendem. Até frequentam solenidades juntos, fazem juras de fidelidade mútua e batem fotos para a imprensa.
Na prática, não passam disso e esquecem o ensinamento do poeta Cazuza: “O tempo não pára”.
Eleição curta é uma maratona. Cada dia faz muita diferença no resultado final.
Enquanto líderes da Oposição vão deixando a vida levar, como na malemolente canção de Zeca Pagodinho, o Governo aproveita o vácuo.
Toda semana, o pré-candidato do PSB, João Azevedo, aparece fazendo pose ao lado de um novo prefeito que anuncia apoio ao projeto do Governo.
Ontem, foi a vez da prefeita Silvana Mariano, de Santo André.
Tudo bem que podem ser declarações do script tradicional da política paraibana, passíveis de mudanças mais à frente, como é o costume reinante da barganha em ano de eleição, mas é o que está ao alcance de João.
Se é o que lhe cabe, está fazendo o dever de casa, portanto.
Uma tarefa que está sendo facilitada pelo clima de indefinição da Oposição. Enquanto eles batem cabeça, João aproveita para fazer a cabeça dos prefeitos.