Uma coisa é uma coisa... – Heron Cid
Opinião

Uma coisa é uma coisa…

27 de fevereiro de 2018 às 11h07 Por Heron Cid
Grupos políticos buscam respostas para interrogações antes de decisões finais na Oposição

Na política, há várias formas de alianças: explícitas e, portanto, formais, e as implícitas. Nem sempre apoios oficiais representam resultados práticos e recíprocos.

Não por acaso, líderes partidários buscam, além do acordo político, maneiras de amarrá-los. Isso sempre se repete nas escolhas dos vices e dos suplentes de senadores.

Agora, por exemplo, o senador Cássio Cunha Lima vê na presença de Lucélio Cartaxo na sua suplência método eficiente para penetrar na militância cartaxista e no eleitorado pessoense. Lucélio, por sua vez, mantém foco na disputa à Assembleia.

Luciano Cartaxo, por outro lado, precisa do envolvimento do prefeito Romero Rodrigues na campanha. Nada melhor do que ter na sua vice alguém com a identidade do tucano.

Todos eles sabem, entretanto, que a fórmula pronta nem sempre é suficiente.

No caso de Cartaxo, a tomada de decisão pela renúncia é complexa e delicada demais, sobretudo, num cenário de tanta nebulosidade.

Quando veio a público ontem, no Rádio Verdade – da Rede Arapuan de Rádios – o secretário Zennedy Bezerra não falou uma palavra por acaso.

Num discurso milimetricamente calculado, Bezerra deixou uma tradução do que pensa hoje a nata do grupo cartaxista.

Foi enfático ao dizer que Luciano precisa, além do PSDB, de uma frente ampla – incluindo partidos pequenos e médios.

Isso representa mais do que uma necessidade. Expressa um pé atrás do tamanho da distância de João Pessoa à Campina Grande.

Por que em política há duas coisas distintas em alianças. Uma coisa é querer aliança para se eleger. Outra, bem diferente, é querer que o outro se eleja junto.

De lado a lado, busca-se identificar quem quer o quê…

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