Tudo ou nada: deflagrada Operação "Lígia Feliciano" – Heron Cid
Bastidores

Tudo ou nada: deflagrada Operação “Lígia Feliciano”

22 de fevereiro de 2018 às 10h29 Por Heron Cid

Articuladores do Governo – autorizados ou não – startaram com força total conversas e pressões na direção da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT). A meta da operação é convencer a vice a renunciar o mandato juntamente com o governador Ricardo Coutinho.

Disposto a disputar o Senado da República e em fase de construção de despedida do cargo, Ricardo tem reiterado subliminarmente em entrevista e explicitamente nos bastidores uma sentença: só deixa a função se levar junto com ele a vice, o que abriria espaço para a posse do presidente da Assembleia, Gervásio Maia, e uma eleição indireta na Casa.

Mais uma bravata ou decisão irrevogável?

A remoção de Lígia – sucessora imediata e natural em caso de renúncia do governador – é tratada como condição sine qua non dentro da estratégia girassol intensificada nos últimos dias com a aproximação do dia 7 de abril. Uma forma indireta de expressão da falta de sintonia, ou de confiança.

Em troca, a oferta da valiosa primeira suplência de Ricardo, desejada e cobiçada por empresários e políticos, e fortalecimento da candidatura à reeleição do deputado federal Damião Feliciano (PDT), além de espaços no atual e eventual futuro governo.

Se conseguir sucesso, o Governo tira Lígia – lançada recentemente pela direção nacional do PDT- do caminho e garante o terreno ideal para sustentar a candidatura do secretário João Azevedo ou, em caso de eleição indireta, de um aliado filiado ao PSB e, portanto, de mais fácil ‘controle’. O cenário dos sonhos do socialismo paraibano.

No universo político, paira uma interrogação: Lígia, que sangrou pacientemente por quatro demorados anos, se renderá nos quarenta dias finais de espera?

Comentários