Como parcela razoável de autoridades e os chamados formadoras de opinião, a ex-reitora da Universidade Estadual da Paraíba, Marlene Alves, é leitora do Blog, o que muito honra este espaço.
Ela lia atentamente o artigo de ontem em que o autor analisava o desabafo do bispo de Campina Grande, Dom Dulcênio Fontes, sobre a violência na cidade.
Até que foi instigada por comentário de um leitor. Uma fala que incomodou a professora aposentada pelo conteúdo interpretado como pejorativo contra a instituição que dirigiu. Pejorativo e, ironicamente, violento.
Marlene não se conteve e enviou mensagem ao Blog sobre o assunto:
“É sabido que existem várias formas de violência. Compreender as causas de cada uma delas ajuda a população lutar por políticas públicas de alto impacto na resolução deste grave e complexo problema. A Campanha da Fraternidade 2018 tem como tema – FRATERNIDADE E SUPERAÇÃO DA VIOLÊNCIA. Chega em boa hora. No Brasil atual constatamos um crescimento das diversas formas de violência. Estamos quase em primeiro lugar quando se trata da violência contra as mulheres , os homossexuais e populações negra e indígena. Li um desabafo do Bispo de Campina Grande no blog de Heron Cid, li todos comentários que a matéria suscitou. Dois chamaram-me atenção : o primeiro, feito por Lourinaldo Nobrega, apresentou uma visão ampliada das causas da violência no Brasil com desdobramentos para os Estados e cidades. Concordo com o ponto de vista apresentado. O segundo comentário feito por Anchieta Pachu, desde meu ponto de vista, é equivocado e em nada contribuiu com a temática. Dito isso , chego ao ponto que provocou em mim uma vontade de não ficar calada. Na contestação de Lourinaldo Nobrega ele diz: “Vejo que estuda na UEPB o que talvez justifique o fato de mesmo tendo acesso a um curso dito superior defenda o armamento da população como medida de combate a violência”. Li, reli, refleti e não consegui encontrar uma associação entre estudar na UEPB e ser a favor do armamento da população como medida de combate à violência. Estamos, pois , diante de uma violência contra a uepb ? Se sim, é tempo de começarmos a viver o tema da Campanha da Fraternidade. Do Bispo a Anchieta, deste a Lourinaldo. Eu, aposentada da UEPB, agradeço.”
De fato, existem várias formas de violência. A contra a inteligência é uma delas.