Começou 2018. Agora não tem mais desculpas e nem postergação. Partidos, candidatos e grupos políticos são empurrados a sair da folia e entrar no bloco das definições.
Com o eleitor mais atento e menos disperso aos problemas – a eleição é um deles -, articuladores entram no circuito com toda a força.
Na Paraíba, olhares estão voltados para as perguntas ainda sem respostas.
A Oposição vai de uma ou de duas candidaturas? O prefeito Luciano Cartaxo consegue arrebatar, finalmente, o apoio do PSDB e se afirma como candidato competitivo ao ponto de renunciar três anos da gestão do segundo maior orçamento do Estado?
Ou joga a tolha e transfere o abacaxi para os tucanos descascarem? Se isso acontecer, o prefeito Romero Rodrigues topa a parada e o senador Cássio Cunha Lima vai pro sacrifício? Ou o contrário, Romero se preserva e Cássio assume o bastão?
Ou Cássio, Romero e Luciano demovem o fogo das pretensões do senador José Maranhão? Ou Maranhão convence todos a apoiá-lo?
Se for fritado pela Oposição, Luciano fica nela ou vai botar sua lenha na Granja Santana?
Na base do Governo, o secretário João Azevedo entra na regressiva. Ele se mostrará viável ao ponto de o governador Ricardo Coutinho botar o pescoço na forca?
Se a candidatura socialista não fluir, na proporção planejada, há ainda espaço para acordo e negociação com a vice Lígia Feliciano que garanta a Ricardo Coutinho o prêmio do conforto do mandato de oito anos e a sobrevida do Jardim Girassol?
No caso específico da conjuntura paraibana, o prazo é diferenciado. Os próximos dias até 7 de abril definem muitos caminhos. Mal comparando, será uma espécie de quaresma – tempo de reflexão e preparação – para os principais protagonistas do Estado.
Até lá, alguns projetos vencerão cruzes e serão salvos pela persistência e habilidade. Enquanto outros serão negados e não se levantarão das quedas e açoites do caminho.
Previsão? Qualquer uma agora é quase blasfêmia. Vai depender dos passos dos Judas, Pilatos e Simão Sirineus…