Sete de abril. Eis a data que finalmente trará luz ao obscuro e conturbado cenário político paraibano.
O prazo de desincompatibilização diluirá e muito o caldo grosso atual, pródigo em desejos e escasso em certezas.
No terreno do Governo, a data será emblemática e revelará a verdadeira definição do governador Ricardo Coutinho sobre seu futuro político.
Se fica, Ricardo imporá o seu desejo de ungir seu secretário João Azevedo como candidato do PSB e do staff governamental. Mas pagará o preço de correr o alto risco de perder o governo e sentir o Senado se esvair entre seus dedos.
Se sai, o xadrez sofre alteração com a inserção da vice-governadora Lígia Feliciano, já lançada pré-candidata pela direção nacional do PDT.
No poder e natural exposição em solenidades, eventos, inaugurações, Lígia será naturalmente guindada ao debate eleitoral. E pode virar opção de sobrevivência do PSB.
Muda tudo, portanto.
Na Oposição, 7 de abril será emblemático para os prefeitos Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues.
Somente um dos dois deixará os seus respectivos cargos. Ou nenhum deles. Dificilmente, os dois renunciarão.
A escolha de cada um desamarrará o nó de dúvidas dentro desse agrupamento.
Tudo passa também pelo diálogo e acertos com os vices, Manoel Junior, em João Pessoa, e Enivaldo Ribeiro, em Campina Grande.
Dois pontos de interrogação para aliados tanto de Luciano quanto de Romero.
Definitivamente, na Paraíba o 7 de abril não será um dia qualquer. Tem tudo para delinear o futuro político das próximas décadas.