Excetuando a surrada chacota de que, no Brasil, o ano só começa após o carnaval, 2018 já está aí.
O ano novo palpitando as badaladas do relógio chegou soando problemas herdados de 2017.
O desemprego ainda é um deles. Até houve reação da economia e, segundo as estatísticas, mais de um milhão de brasileiros alcançaram postos de trabalho.
Mas uma faixa de 11 milhões ainda continua deserdada e com as carteiras debaixo do braço, batendo em portas que teimam não abrir.
A orgia política e corrupção são outros tumores cuja radioterapia aplicada pelo protesto da população e força da Lei ainda não conseguiram erradicar.
O ano findo também nos deixou esse mal. Um mal, aliás, que somente pode ser eliminado nas urnas. Pela força do voto e da nova consciência política que se espera do ano inaugurado.
Um governo agonizante, morto na avaliação popular e vivo graças a caríssima complacência do Congresso.
Um quadro eleitoral, sem novidades, com velhas caras dando o ar da graça e liderando pesquisas.
Um presidente sem candidato. Uma oposição que caiu de podre do poder com pouca ou quase nenhuma moral, um PSDB de cabeça baixa e partidos e candidaturas alternativas representando o mais do mesmo.
Em 2018, temos muito trabalho pela frente. Fazer a assepsia do que 2017 nos legou. Mãos à obra!