O que falta para a segurança pública admitir a sua impotência diante da tática e da ação das gangues das dinamites na Paraíba?
Nem precisa oficialmente jogar a toalha. As ocorrências falam por si só.
Nessa madrugada, foram mais duas explosões a bancos, em Pilar e Lagoa Seca.
O Estado sempre minimiza os crimes transferindo para a alçada privada dos bancos, como se as falhas de um justificassem a ineficiência do outro.
Dessa vez, esse discurso não se aplica. Além do patrimônio privado das instituições bancárias, o cidadão passou a ser vítima.
Os bandidos que aterrorizaram as duas cidades, sem nenhuma reação policial digna do nome, fizeram moradores, gente do povo e inocente, reféns.
Estouraram os bancos, espalharam grampos pelas ruas e se foram sem nem o trabalho de algum confronto, deixando para trás o rastro do medo.
São pessoas que não entram nas estatísticas de um tipo de crime já banalizado por aqui, mas dá pra dizer a elas que o risco e o trauma a que foram submetidas não tem nada a ver com o Estado e deve ser faturado somente na contabilidade da segurança patrimonial dos bancos?