Religião ou Espiritualidade. Por Odilon Fernandes – Heron Cid
Bastidores

Religião ou Espiritualidade. Por Odilon Fernandes

24 de dezembro de 2017 às 08h17 Por Heron Cid

As milhares de crendices, com os mais diversos nomes apregoam que seus nomes e suas doutrinas foram criados por Deus, por Jesus.

Na verdade, Deus não deu nome, nem nacionalidade a nenhuma religião. Jesus, o maior líder religioso de todos os tempos, frequentava as Sinagogas Judaicas e até outros templos, pagãos, era tolerante e amava aos outros, demonstrava com isto, respeito às pessoas, pela escolha e forma de doutrina que cada um queria seguir e onde fazê-lo. Era o exemplo de amor e respeito ao próximo, sempre reprovando qualquer forma de violência e intolerância religiosa, era o exemplo para todas as gentes e com muita espiritualidade.

Apesar das nossas observações, o que se vê é violência religiosa praticada pelos adeptos de todas as religiões, resultando genocídios, em guerras, tudo na verdade estando ligado a busca pelo dinheiro e pelo poder, pois na verdade cada credo tem seu nome, seus endereços, seus rituais, criados por nós homens que somos cheios de fraqueza, egoísmo e pulsões pelo poder, pela riqueza, pelo amor, pela beleza, pela superioridade e pelo sexo.

Podemos comprovar isto no dia a dia, católicos e protestantes não se suportam e por isto com outros crentes como Judeus, Islamitas, Budistas, são responsáveis pelo sacrifício de muitas vidas a exemplo das cruzadas das colonizações, da inquisição, do que Moisés mandou fazer quando viu o seu povo adorando o bezerro de ouro e mandou os Levitas matarem 3 mil, aproximadamente dos próprios Hebreus, os Budistas perseguindo povos de outras religiões com uso de violência, como fazem atualmente em Mianmar, os Mulçumanos defendem abertamente a guerra santa, vivendo em eternos conflitos com os outros povos e até mesmo entre si.

Na verdade existe uma permanente luta pelo poder já que todos esquecem de amar a Deus e agem em desconformidades com a Lei divina. As milhares de religiões alimentam a mente, distanciando-se de Deus, pois ele que alimenta a alma e consagra a espiritualidade, pratica o amor, enquanto que as crendices resultam em intolerância e indiferença de uns para com as outros.

Em verdade a única coisa que liberta o homem, unindo as almas a um só princípio é a espiritualidade, o amor divino.

Como sabemos e testemunhamos, a religião é criada por nós mesmos que somos cheios de fraquezas, e por isto na prática dela, registramos muitos erros e as crenças nãos são apenas uma são milhares, enquanto que a espiritualidade é única.

Na religião nota-se o fanatismo daqueles que necessitam de alguém para lhes dizer o que fazer e querem ser guiados, conduzidos por outrem. A espiritualidade está naqueles que prestam atenção a sua voz interior. As religiões tem muitas regras dogmáticas, e sempre, nos seus cultos fala-se em castigo e no fogo do inferno. A espiritualidade nos convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo. A religião está sempre ameaçando e amedrontando, enquanto que a espiritualidade nos dá paz interior.

Na religião ouve-se a todo o momento falar de pecado e culpa. A espiritualidade nos diz: “aprenda com os erros”.

Em todas as religiões vemos que se reprime tudo, nos fazemos falsos. A espiritualidade é transcendental, superior, nos fazendo verdadeiros.

Apesar de frequentar a igreja católica, bem como a evangélica, tenho a convicção que a religião não é Deus. A espiritualidade é que é tudo, e, portanto é Deus. Embora como cristão, acredito na palavra de Jesus que só prega o bem e os que o seguem são espiritualizados. Jesus que foi e é o mais inteligente e grande sábio da humanidade.

Ainda restam muitos outros aspectos a considerar, entre eles o de que toda religião inventa, mas a espiritualidade descobre.

A religião não indaga e não questiona, porém, podemos afirmar que a espiritualidade questiona tudo.

A religião promete para depois da morte, a espiritualidade é encontrar Deus em nosso interior durante a vida. Cada um de nós é a sua própria religião e a sua própria igreja, desde que voltados para espiritualidade, que possamos nos conduzir priorizando o amor a Deus e o amor ao próximo seguindo e praticando a palavra de Deus.

Que me perdoem todos os que não pensam assim, mas nas religiões tenho visto a abundância de violência, de intolerância, de ódio, exagero de escassez de amor, além de hipocrisia e pouca solidariedade. Portando a minha religião é o amor, e este tema é pertinente  a esta data natalina para que tenhamos a convicção em todos os momentos que devemos amar a Deus sobre todas as coisas.

Comentários