Tradicionalmente, o PT já é um partido de multi-tendências. Na Paraíba, a lógica é seguida.
O último Congresso deixou a legenda, já debilitada, em frangalhos.
Essa semana, finalmente, as alas conseguiram um pacto de repartição de espaços, acordo costurado pelo presidente Jackson Macêdo, com o seu adversário na disputa, o deputado Anísio Maia.
A sigla saiu decidida a superar os últimos embates internos e seguir em unidade.
E fez certo. Fragilizado pela conjuntura nacional, o PT caminharia para o cadafalso se não preservasse entendimento nem para dentro.
No fundo, o partido sabe que 2018 será tão difícil quanto 2016, quando praticamente saiu dizimado das urnas e despontando apenas uma solitária prefeitura (Picuí) no Estado .
O PT tem consciência das dificuldades de coligação que lhes espera.
Vive uma relação mal resolvida com o governador Ricardo Coutinho e nenhuma representação crível no Governo.
Engole Ricardo no seco. Por Lula. A recíproca é verdadeira.
Do outro lado, não tem condições de chegar perto de Cássio e muitas resistências para voltar a conversar com Luciano Cartaxo, que desertou.
Se não estiver unido e representar pouco no processo eleitoral, o PT pode ser condenado ao isolamento total. Os petistas perceberam isso e se agarraram uns aos outros.