Diferente do que se vem dizendo até agora, o embargo da Prefeitura de João Pessoa à obra do grupo Ferreira Costa, no Jardim Aeroclube, é único e específico: falta de alvará para movimento de terra.
A empresa foi denunciada por estar, sem licença, fincando estacas de cimento no solo, o que faria parte das obras de fundação.
Esse tipo de movimentação de terra só pode ocorrer com alvará, documento que a empresa ainda não detém. Ainda assim, ignorou o fato e tocou a obra.
Mesmo inclusive antes de adequação do projeto às normas do COMAER, pela proximidade evidente com a pista do Aeroclube de João Pessoa.
As demais licenças para construção de muro, supressão vegetal (limpeza do terreno) e terraplanagem não sofreram interrupção.
A constatação contrapõe o que o grupo tenta passar para a opinião pública. Não é verdade que todas as licenças foram suspensas, como foi disseminado.
A verdade, pelo que está posto, é que o Ferreira Costa, milionário conglomerado comercial, botou o carro na frente dos bois.
Principalmente, por transferir o trâmite técnico que deve ser obedecido por qualquer empresa, por mais poderosa que seja, para o inflamado ambiente político paraibano.
Não foi um bom começo.
Talvez por achar, como alguns, que a Paraíba é um quintalzinho de Pernambuco, berço dos Ferreira Costa.