Se afinal o governo reconhecer, como parece que o fará em breve, que carece de votos para aprovar a reforma da Previdência e que ela só será votada no próximo ano, esteja certo: não haverá reforma. Não enquanto este governo durar.
Em ano eleitoral, político nada vota que possa lhe subtrair votos. A reforma da Previdência virá de um jeito ou do outro, se não o sistema quebra. Mas da tarefa se encarregaria o futuro governo. Esse poderá dar-se ao luxo de gastar parte da popularidade adquirida.
O governo Temer não tem popularidade para gastar. O que tinha a oferecer em troca de votos no Congresso empenhou para salvar-se de duas denúncias de corrupção. O pouco que lhe restou não bastará para vencer a
Haverá alguma turbulência no mercado financeiro se a reforma da Previdência ficar para depois. Mas nada capaz de assustar ninguém. O adiamento da reforma já foi prefixado. O Natal está às portas. O ano novo, também. Virão as férias, o carnaval, a Copa do Mundo…
Falta prefixar o resultado da eleição, mas isso só será possível depois que a Justiça decida o destino de Lula. A eleição de 2018, como aconteceu com as anteriores desde o fim da ditadura de 64, se dará à sombra de Lula, quer se goste disso ou não.