Recentemente, o prefeito João Dória Júnior sentenciou. Não há espaço para outsiders no Brasil. O recado tem endereço certo. O apresentador e empresário Luciano Huck.
Mas ele próprio, Dória, não seria o exemplo recente de um? O tucano responde que ‘não’, com uma justificativa: foi eleito coligado com 13 partidos.
Por esse olhar, o paulista quer dizer que sozinho, isolado num partido, Huck estaria condenado a ser um fiasco nas urnas.
Se a base for a tradicional política brasileira, João tem razão. Raramente, alguém se elege para cargo majoritária sem grandes composições.
Mas quem disse que, necessariamente, a próxima eleição repetirá o mesmo padrão e modelo a que estamos enfastiadamente a assistir?
Onde está escrito que o eleitor, frustrado com tudo que já apostou, está disposto a reproduzir as idênticas motivações e regras para escolher seu candidato a presidir o Brasil?
Dória está pensando pela lógica convencional de um sistema sabidamente fracassado e rejeitado pela sociedade. E ao que tudo indica, o eleitorado se inclina a uma ruptura.
O que também não significa que elegerá um oudsider. Nem também que já eliminará um deles, feito Huck, por antecipação.